O descaso da reitoria da Unicamp com as/os trabalhadoras/es tem sido recorrente. O desrespeito e a falta de diálogo continuam tirando direitos e principalmente a comida do nosso prato. O STU luta contra a terceirização e criação de subempregos em áreas fundamentais dentro da Universidade.
Na gestão Knobel os vigilantes terceirizados ficavam frequentemente sem salário, vale transporte e 13º e a administração central não se responsabilizava. Na pandemia as funcionárias da limpeza estiveram expostas e muitas vezes sem EPIs adequados. Sem contar os inúmeros casos de denúncia de assédio moral que chegaram ao STU, pois os sindicatos desses servidores são omissos.
Entendemos que terceirizar também é transferir para os outros a responsabilidade que deveria ser do Tom Zé. A Reitoria pode abrir concursos e respeitar a classe trabalhadora, mas não o faz. Mesmo após a liberação das contratações, abertura de concursos e com o caixa mais favorável dos últimos tempos (o Reitor está guardando cerca de 1bi e 600 milhões no caixa).
A terceirização está diretamente relacionada com a precarização do trabalho e nós podemos provar isso destacando 13 desvantagens para você se preocupar.
- Falta de abertura de concursos gera empregos em situação desumana;
- Diminui a valorização do trabalhador, que fica em constante ameaça de demissão e não tem carreira;
- Tira direitos trabalhistas, como as terceirizadas do bandejão, que foram recontratadas sem fretado, creche e sem poder comer no próprio bandejão;
- Aumenta a rotatividade de mão de obra: a própria Funcamp declarou em audiência com o MP que a rotatividade é grande, o que precariza o serviço;
- Salários menores e direitos cortados;
- Descumprimento da jornada de trabalho, com horas extras abusivas e impossibilidade de recusa por ameaças das chefias;
- Não pagamento de horas extras;
- Assédio Moral;
- Trabalhadores terceirizados chegam a ser invisíveis dentro da Universidade. Logo abaixo da sala do Tom Zé ficam as terceirizadas que servem a Reitoria, mas são tratadas como descartáveis;
- Precarização dos serviços públicos, sem reposição efetiva das vagas Unicamp;
- Contratações temporárias tiram direitos dos trabalhadores;
- Subempregos disfarçam a responsabilidade do Reitor, que assiste todo o cenário de precarização sem se opor;
- A/o trabalhador/a é tratado como um mero serviço, como disse Tom Zé no último Consu.
Portanto cobramos da Unicamp zelo com a própria Universidade e as vidas que a sustentam para que tenham sua dignidade respeitada. Todas/os trabalhadores dentro do campus são responsabilidade da Administração Central, que é omissa e vem entregando a Universidade Pública ao desmonte gradual.