STU – Sindicato dos Trabalhadores da UNICAMP

USP valoriza os trabalhadores enquanto Tom Zé alimenta o cofre

Mais uma vez a USP sai na frente quebrando o tratamento isonômico entre as universidades.

No começo deste mês a reitoria da UPS indicou a criação do Prêmio de Desempenho Acadêmico Institucional no valor individual de R$5 mil a todos/as os/as servidores/as docentes e técnico administrativos/as, com pagamento previsto para abril.

Enquanto isso… Tom Zé continua guardando o nosso dinheiro e desvalorizando o trabalho das categorias que mantém a Unicamp funcionando.

Unicamp também tem dinheiro para dar abono

Somos aproximadamente 9 mil docentes e funcionários/as ativos/as. Fazendo o cálculo de um abono de R$5 mil (valor mínimo indicado pela USP), teríamos um impacto de R$45 milhões, mais R$25 milhões incluindo os/as aposentados/as, totalizando o valor de R$70 milhões de reais.

A revisão orçamentária de 2022 apresentou um superávit de R$560 milhões, e o acúmulo da reserva orçamentária (que está no cofre da Unicamp), está em R$1,7 bilhões. O que nos leva a comprovar que esse impacto para também realizar o abono para a Unicamp seria de 2% do valor orçamento e 4% da reserva geral da universidade, e não faria nem “cócegas” ao montante que o Tom Zé está acumulando.

O que entendemos com isso?

Que o reitor da USP está reconhecendo o trabalho de excelência desenvolvido pelos/as servidores/as com a possibilidade de receber este abono no próximo mês, e que Tom Zé, continua sentado em cima do nosso dinheiro e não abre espaço sequer para um diálogo com a nossa categoria.

USP pretende dar dois abonos

Na mesma linha, foi criada também uma Gratificação de Valorização, Retenção e Permanência para valorizar o vínculo dos/as professores/as e funcionários/as de forma a reter esses talentos nos quadros das Universidades.

A gratificação varia de R$27 mil a R$30 mil para docentes que ingressaram a partir de 2003, até os dias atuais, e de R$4,5 mil a R$5 mil para servidores/as que ingressaram a partir de 2003, até a presente data.

Dentre os pré-requisitos, a proposta remunera aqueles/as que tenham iniciado exercício em cargo permanente ou emprego público há no máximo 20 anos, e será pago a partir de maio em três parcelas.

Ainda que esses abonos sejam pagos uma única vez este ano, o curioso é que a reitoria daquela universidade justifica os pagamentos dizendo que o impacto estimado será mínimo, não comprometendo o caixa, muito menos a folha de pagamento.

E o que temos que ficar atentos/as é que estamos sob ataque iminente do projeto neoliberal do Governo Tarcísio, onde ele já deixou claro o ataque às Universidades podendo tirar toda nossa verba. O reitor da USP, muito esperto, vem protegendo a Universidade e reconhecendo as categorias através dos abonos, aproveitando essa altíssima reserva em caixa. Enquanto isso, o reitor da Unicamp continua guardando o dinheiro no cofre e correndo risco do Tarcísio confiscar a qualquer momento.

De onde vem esse dinheiro?

Sabemos que essa conquista não veio de graça. É fruto da luta dos/as trabalhadores/as da USP.  No entanto, essas iniciativas da USP provam, mais uma vez, que as universidades estão com os caixas lotados de dinheiro, e o que falta mesmo é vontade política dos reitores, principalmente da Unicamp, em valorizar a dedicação dos/as servidores/as.

Há décadas amargamos um arrocho salarial que agora vem acompanhado do desrespeito com a isonomia entre as instituições.

Cadê o nosso Vale Refeição Tom Zé?

Enquanto o Tom Zé se enrola para licitar e liberar o vale refeição, a USP sai na frente, mais uma vez, pagando abono e desmascarando a farsa da falta de recursos para a data-base.

Com a destinação de verba para essas duas iniciativas, ainda assim o comprometimento do caixa da universidade ficará abaixo da média, provando o que o Fórum da Seis sempre diz que há dinheiro em caixa!

Mais do que nunca precisamos botar toda pressão nessa campanha salarial cobrando um plano de recomposição salarial já, cuja aplicação se inicie agora em maio!

E se Tom Zé nos valorizasse…

Se a reitoria da Unicamp reconhecesse o superávit e desse a cada trabalhador docente e não docente o valor mínimo do abono da USP, esse investimento custaria 2% do orçamento da universidade!


Dinheiro tem, o arrocho é decisão do Tom Zé!

Por isso é importante que você venha para assembleia discutir a organização da nossa campanha salarial e também os próximos passos para garantir a isonomia com a USP.

Este site usa cookies.

Este site usa cookies.

Sair da versão mobile