Vários jornais e sites divulgaram na semana passada que o Tribunal de Contas de São Paulo voltou a questionar o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, sobre o fato de dirigentes da Universidade terem recebido vencimentos acima do teto estadual.
Segundo o TCE, o reitor recebeu R$111 mil reais de maneira irregular em 2007. O valor refere-se à diferença para mais entre os vencimentos percebidos por Tadeu e o subsídio que o governador José Serra (PSDB) recebeu naquele mesmo ano, o que é proibido por lei.
Não é a primeira vez que o Tribunal de Contas aponta o pagamento de remunerações acima do teto na Universidade.
As contas da Unicamp no período de 2006 a 2009 também foram consideradas irregulares pelo órgão, em julgamento ocorrido no ano passado. O TCE também já questionou o pagamento de supersalários em 2011. Além de Tadeu, o ex-reitor Fernando Costa e diversos dirigentes da instituição vêm sendo sistematicamente questionados pelas auditorias do Tribunal.
A Unicamp sempre recorre das decisões, o que acontecerá mais uma vez neste caso.
Enquanto os trabalhadores lutam contra uma proposta vergonhosa de reajuste zero, o reitor segue recebendo seu supersalário e se negando a negociar o reajuste com os servidores. Como resposta a esta injustiça, a categoria segue em greve!
A diretoria do STU, entidade que por diversas vezes já cobrou à reitoria esclarecimentos sobre os questionamentos do Tribunal de Contas, reafirma posição em defesa do cumprimento da lei.