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Terceirizados da limpadora Centro reivindicam melhores salários e condições de trabalho

Os trabalhadores da Limpadora Centro, empresa terceirizada responsável pela limpeza na Unicamp, participaram de reunião na semana passada com representantes da patronal e do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Ambiental de Campinas e Região (Siemaco), que representa legalmente a categoria. Eles reivindicam aumento salarial (o piso atual é de R$ 755,00) e da cesta básica (hoje em R$ 75,00). Querem também a revisão da regra que suspende a cesta básica dos trabalhadores em licença ou ausência por motivo de doença, a ampliação imediata do quadro funcional e fim do assédio moral.

A categoria também está insatisfeita com as péssimas condições de trabalho e alega que a enorme sobrecarga de serviço, fruto do enxugamento do quadro, é responsável pelo crescente índice de adoecimento. Como a empresa efetua desconto de salário e benefícios nos casos em que o atestado médico está carimbado somente pelo médico e não pelo Centro de Saúde, o adoecimento virou um critério de punição.

Os funcionários consideram que a empresa não estaria cumprindo uma regra básica nesse tipo de contrato que é o estabelecimento de um número mínimo de profissionais responsáveis pela limpeza por metro quadrado. Há trabalhadoras denunciando que ficam responsáveis por até três andares. O caso é alvo de uma ação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Campinas (Cerest) encaminhada ao Ministério Público do Trabalho, que denuncia a falta de fiscalização por parte da Unicamp em relação ao cumprimento do contrato e à legalidade nas relações trabalhistas. Também há denúncias de assédio moral.

Para o STU, os funcionários contratados pela limpadora Centro estão na Unicamp pra prestar um serviço ao bem público e devem ser tratados com isonomia de direitos em relação aos concursados. Vale lembrar que até pouco tempo existiam funcionários de carreira contratados para exercerem esta função, de modo que a terceirização, mais uma vez, é utilizada pela Universidade como um mecanismo retirada de direitos do servidor público e divisão dos trabalhadores.

O STU apoia a mobilização dos trabalhadores da Centro e cobrará da reitoria a revisão do contrato celebrado com a empresa de modo a não comprometer os direitos trabalhistas dos funcionários. O sindicato é contra as terceirizações na Universidade e denuncia constantemente as violações de direitos trabalhistas envolvendo empresas que prestam serviços à Unicamp. O próprio Tribunal de Contas do Estado apontou a “terceirização desmedida” na Universidade em relatório de análise das contas do exercício de 2011.

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