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STU participará dos trabalhos da Comissão da Verdade e Memória da Unicamp

O STU foi convidado a colaborar com os trabalhos da Comissão da Verdade e Memória “Octávio Ianni” da Unicamp.

O objetivo é que o STU participe das reuniões de trabalho convocadas pela comissão não só acompanhando as atividades como também auxiliando no processo de documentação.

Na sexta-feira (16), às 10h, no Auditório II do IFCH, Boris Vargaftig, ex-docente da FCM dará um depoimento à comissão sobre sua prisão, em 1964, nas dependências da FCM. A atividade será acompanhada pelo STU.

Boris Vargaftig, nos primeiros meses que lecionava na FCM, em 1964, foi preso enquanto dava uma aula. Ficou preso durante 50 dias. Desta forma, desfaz-se a afirmação segundo a qual ninguém teria sofrido prisão dentro da Universidade (a rigor, naquela época a Universidade Campinas, da qual fazia parte a FCM, ainda não era Unicamp). Posteriormente, Boris – após desenvolver sua carreira científica no exterior (Institute Pasteur) – recebeu o título de Doutor Honoris causa pela Unicamp (1991).

A comissão foi instalada em outubro do ano passado para investigar fatos que tenham resultado em eventuais arbítrios e violações de direitos humanos praticados contra docentes, alunos e funcionários.

Por isso é importante que a comunidade universitária compareça as sessões para acompanhar os depoimentos e os trabalhos da Comissão da Verdade e Memória.

Para mais informações sobre a comissão acesse http://www.comissaoverdade.unicamp.br.

 

Comissão da Verdade e Memória “Octávio Ianni”

A Comissão da Verdade e Memória “Octávio Ianni” da Unicamp foi criada para investigar fatos que tenham resultado em eventuais arbítrios e violações de direitos humanos praticados contra docentes, alunos/as e funcionários/as.

A iniciativa mais incisiva para a criação de uma comissão na Unicamp partiu do professor aposentado Caio Navarro de Toledo, em carta aberta amplamente divulgada. Nela, foi enfatizada não somente a necessidade de se investigar atos de arbitrariedade cometidos durante a ditadura, como a importância de se eliminar os resquícios do AI-5 ainda presentes nas normas da Universidade.

Uma merecida homenagem foi feita a Octávio Ianni que, perseguido pela ditadura militar e aposentado compulsoriamente da USP, foi professor do Departamento de Sociologia e professor emérito da Unicamp. Um exemplo de dignidade e honestidade intelectual.

A Comissão está autorizada a recolher depoimentos, informações e documentos, assegurando, sempre que requerida, a não identificação do/a informante. Pode também requisitar informações e documentos de todos os órgãos da Universidade, além de convidar professores/as, funcionários/as e alunos/as que tenham vivenciado situações específicas de violações de seus direitos civis dentro da Universidade, ou qualquer outra pessoa que possa ter informações relevantes.

Como uma de suas atribuições, deverá encaminhar às Comissões da Verdade em âmbito nacional e estadual as informações obtidas; e recomendar a adoção, no âmbito da Unicamp, de medidas e políticas destinadas a prevenir a violação de direitos humanos. Outra tarefa será a elaboração de um relatório que contenha os resultados de seu trabalho de investigação, dando ampla divulgação a esse texto.

A Comissão da Verdade e Memória “Octávio Ianni” da Unicamp atuará pelo prazo de um ano a partir de sua instalação, com possibilidade de prorrogação, caso seja necessário. Preside a Comissão a professora Maria Lygia Quartim de Moraes, e seus membros titulares são os/as professores/as Wilson Cano (IE), Yaro Burian Júnior (FEEC), Ângela Maria Carneiro (IFCH), Caio Navarro de Toledo e o advogado Eduardo Garcia de Lima. Como suplentes, estão a doutoranda em sociologia Danielle Tega (IFCH) e a advogada Fernanda Cristina Covolan.

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