A manifestação reuniu diversos grupos contra os excessivos gastos com obras voltadas aos jogos, as políticas de exceção impostas pela FIFA ao país (como a Lei Antiterrorismo, as remoções forçadas e despejos em todo o país, a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza e até mesmo a tentativa de proibir o trabalho das tradicionais baianas vendedoras de acarajé no Estado da Bahia para favorecer a indústria do fast-food multinacional).
As organizações que realizaram o ato repudiaram ainda a violência policial utilizada contra centenas de jovens durante o protesto. A PM paulista, mais uma vez, agiu de forma truculenta disparando tiros de balas de borracha e bombas a esmo. De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo” um rapaz foi baleado na região do Higienópolis e está em coma induzido na Santa Casa. O jornal relata ainda que a Coordenação de Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo pedirá investigação do caso e punição dos responsáveis. 135 manifestantes foram detidos.
Os comitês populares da Copa em todo o país vêm questionando o desrespeito aos direitos da população no país por parte do governo federal, do Congresso Nacional e da FIFA, a elitização do futebol, a isenção de impostos para os patrocinadores do Mundial e a criação de tribunais de exceção que procederão julgamentos sumários de manifestantes durante os jogos. Os protestos defendem mais investimentos em saúde e educação públicas, moradia, transporte e mobilidade urbana.
Fotos: Leon Cunha