Ontem demos um passo importante na luta por melhores condições de trabalho e de vida.
Nossa jornada de luta, travada desde à Campanha Salarial para pressionar o reitor, tem surtido efeitos.
Ontem nosso movimento conseguiu obter importantes avanços na reunião da COP (Comissão de Orçamento e Patrimônio), como as aprovações do Vale Alimentação Extra Natalino e do Auxílio-Saúde, que seguirão para o Conselho Universitário (Consu) para validação.
Conseguirmos garantir a proposta apresentada pelo José Luis Pio Romera/STU, nosso representante na bancada de funcionários.
Com isso, o Auxílio Criança, de R$ 935 passa para R$ 1.030, e o Auxílio Educação Especial, de R$ 1.227 será de R$ 1350.
Esses valores entram no orçamento universitário de 2025, ainda sem previsão de data de implementação.
Mas também sofremos um duro golpe na nossa luta pelo pagamento do Abono/Prêmio de R$ 10 mil para todos os servidores aposentados e em atividade.
Nossa reivindicação foi apresentada à COP por ofício, mas acabou sendo barrada por quatro votos contrários e dois favoráveis ao Abono/Prêmio. Assinaram o documento em apoio ao Abono/Prêmio o STU, membros do Consu e da COP e a ADunicamp. Posteriormente, esta última decidiu retirar seu apoio ao pedido.
Apesar de ser uma reivindicação que beneficia docentes e funcionários, alguns presentes na COP decidiram se aliar ao reitor comprando o discurso do Pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário, Fernando Sarti, de que esse pagamento vai quebrar o orçamento universitário.
Discurso infundado, diante da reserva de R$ 1,7 bilhão guardada pelo Tom Zé, a sete chaves.
A maioria da COP decidiu ignorar os números apresentados pelo coordenador geral do STU e representante dos funcionários, José Luis Pio Romera, mesmo sendo embasados em dados fornecidos pela Assessoria de Economia e Planejamento (Aeplan) e a Receita da Fazenda do Estado de São Paulo.
A discussão sobre o Abono/Prêmio não é apenas sobre dinheiro! É sobre o justo e merecido reconhecimento dos trabalhadores dedicados que sofrem calados com as péssimas condições de trabalho, assédio moral, baixos salários, adoecimento no trabalho, inclusive com casos de suicídios no próprio ambiente de trabalho.
As condições de trabalho na Unicamp são insalubres e nossos salários são mais uma prova do descaso do reitor com o nosso trabalho e com a vida de cada trabalhador e trabalhadora.
É bom registrar o nome daqueles que se disseram alinhados com a luta da categoria e se beneficiam dela, quando lhes interessa, mas ontem decidiram nos apunhalar. Por isso, pelas declarações de críticas expressadas nas falas dos membros da COP, acreditamos serem esses os votos contra e favor do Abono/Prêmio.
Votaram contra o Abono/Prêmio para os trabalhadores/docentes:
- Ricardo Miranda Martins – Diretor do Imecc
- Célio Hiratuka – Diretor do IE
- Dirceu Noriler – Diretor da FEQ
- Verónica Andrea González-López – Representação Docente do Imecc
Votaram a favor do Abono/Prêmio para os trabalhadores/docentes:
- José Luis Pio Romera/STU – Representação dos Servidores Técnico-Administrativos
- Hernandes Faustino de Carvalho – Diretor do IB
Assista à gravação da reunião da COP no link: https://www.youtube.com/watch?v=VrJQOGqA0ik
Mesmo diante desse ataque, seguiremos firmes em nossa jornada de luta, com Ato e Paralisação, dia 10/12, quando está previsto o último Consu.
Até lá vamos intensificar as reuniões de unidade para fazer uma forte paralisação em frente à reitoria cobrando o Abono/Prêmio e a extensão do pagamento dos auxílios Nutrição e Saúde para os aposentados.
Hoje, conforme acordo, entregaremos à reitoria os adendos da categoria à minuta do Auxílio-Saúde. A intenção é tornar as regras de concessão do benefício mais inclusivas.