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Somos todos estudantes em defesa da educação pública

Nas últimas semanas, após o governo Temer baixar por medida provisória uma reforma educacional muito similar à que foi promovida durante a ditadura militar, milhares de estudantes se levantaram em luta no país inteiro. Segundo informação divulgada neste domingo pelo Movimento pela Universidade Pública Brasileira, havia 169 universidades em todo o Brasil ocupadas pelos estudantes. A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) também divulgou na última sexta-feira que mais de mil escolas seguem ocupadas no que já está sendo chamado de Primavera Secundarista. Já são mais de 30 dias de ocupações contra a PEC 241 (agora no Senado com o número 55) e a MP 746, que reforma o ensino médio excluindo disciplinas do currículo. A esse movimento se soma a greve nacional dos servidores técnico-administrativos das universidades federais contra a PEC 55, iniciada em 24 de outubro. No Paraná e em Brasília (na UnB) houve ainda ataques físicos de grupos com características facistas contra as ocupações. Na UnB, por exemplo, a palavra de ordem da horda contra a ocupação era “Desocupa senão a gente estupra!”, denunciaram vários veículos de mídia. No Rio de Janeiro o judiciário ameaçou os estudantes de desocupação do Colégio Pedro II com uso de força, e em Brasília, o juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito Federal autorizou o uso de técnicas de tortura contra os jovens em luta pela educação (corte de água, energia, isolamento familiar e uso de instrumentos sonoros para impedir os alunos de escolas ocupadas de dormirem). Esta é uma situação inaceitável, que o STU repudia e manifesta integral apoio aos estudantes, que como na onda de ocupações de 2015 em São Paulo, derrotaram a proposta do governo Alckmin de fechar escolas. Os estudantes mostram o caminho.

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