Após a luta histórica dos trabalhadores da Unicamp e Funcamp foi reconquistada a implementação das 30 horas na saúde em 2014. Porém, a resolução do Conselho Universitário deixou de fora setores que antes cumpriam 30 horas e também setores que mesmo atuando na área da saúde nunca tiveram a jornada de 30 horas. Por isso, o STU segue cobrando as 30 horas para todos os trabalhadores da saúde, especialmente os que atuam na assistência e estão protegidos pela resolução do CONSU que retomou a referida jornada para 51 atividades, não importando a forma de contratação. Apesar da deliberação do CONSU, áreas contempladas na mesma também ainda não tiveram a efetivação das 30 horas.
Recentemente, o STU recebeu denúncia de que os técnicos e auxiliares de Farmácia do Centro Cirúrgico do HC estão cumprindo 40 horas por determinação das chefias. Inclusive, foi denunciado o fato gravíssimo de demissão de uma funcionária que questionou esta situação, o que evidencia a criminalização e retaliação aos que lutam por seus direitos.
Soma-se a essa realidade o fato de que esses trabalhadores recebem um piso salarial menor que os demais funcionários, contratados diretamente pela Universidade e que atuam nas Farmácias do HC e do CAISM, o que gera desmotivação geral. Esta situação ilustra o quanto a terceirização é prejudicial aos trabalhadores, que trabalham mais, recebem salários menores e menos benefícios e têm dificuldade de se organizar para lutar por seus direitos e contra a opressão das chefias. O projeto de lei 4330, que permite a terceirização em todas as áreas da economia, agravará esta situação. É preciso intensificar a luta contra este retrocesso, que aqui na Unicamp atinge os funcionários contratados pela Funcamp e os terceirizados de outros setores.
A direção do sindicato encaminhará documentos cobrando o respeito à decisão do CONSU às diretorias do HC, da Funcamp e à reitoria.