No próximo dia 20 os servidores da USP receberão a primeira parcela do chamado Prêmio de Excelência Acadêmica Institucional. O referido prêmio foi criado em 2008 pelo Conselho Universitário daquela universidade “com o objetivo de reconhecer e valorizar as ações de seus docentes e servidores técnico-administrativos no desempenho de suas atividades que contribuem para o resultado institucional”.
A resolução não estabelece critérios de concessão ou definição de valores do prêmio para trabalhadores técnico-administrativos e professores. Apenas define que o montante recebido será igual para servidores e docentes e não será incorporado ao salário ou à aposentadoria.
Neste ano, o valor é de R$ 2.000,00 e a segunda parcela será paga em 15 de janeiro de 2014.
No ano passado o reitor João Grandino Rodas tentou vincular o prêmio ao fato de não ter havido paralisações ao longo de 2012 na USP, o que somou pontos negativos à extensa lista de críticas à administração da Universidade de São Paulo.
Depois da tentativa de vincular um prêmio institucional a uma política antissindical, agora Rodas evidencia o objetivo da reitoria da USP de fazer do pagamento uma espécie de “benesse” da administração, ao invés de discutir seriamente aumentos reais.
Na Unicamp a situação é similar. A política salarial segue toda vinculada a avaliações subjetivas e produtivistas.