Compra da área consolida prioridade a expansionismo sem planejamento em detrimento
dos investimentos em infraestrutura, valorização profissional e assistência estudantil.
A reitoria informou na última sexta-feira a pauta do Conselho Universitário (CONSU) que acontece hoje. Será submetida ao voto dos conselheiros a autorização para que a Unicamp efetive a compra da Fazenda Argentina. O gasto previsto é de R$ 162 milhões.
O ambiente de fim de ano para votação de um tema que não tem nenhuma urgência mostra as verdadeiras prioridades da reitoria José Tadeu Jorge. A metodologia de tentar aprovar a compra à revelia da comunidade, em meio às festas de fim de ano, também evidencia pouco apreço ao debate democrático.
Durante a campanha para reitor Tadeu declarou em entrevista gravada em vídeo que esta não era uma prioridade da Universidade e que qualquer avanço nas discussões sobre a compra seria submetido à comunidade universitária. A promessa, assim como aquela de estudar a possibilidade de efetivar com mais celeridade a isonomia dos pisos salariais com a USP, vai pelo ralo. Enquanto a Universidade quer gastar milhões para comprar um terreno de doadores de campanhas eleitorais do PSDB, a isonomia salarial com os funcionários da USP vai sendo adiada.
O STU denuncia essa manobra contra os interesses e demandas de quem constrói cotidianamente a excelência da Unicamp. E ressalta que os representantes dos funcionários no CONSU que estiverem comprometidos com os interesses da categoria devem votar contra essa proposta, que vai em direção oposta da garantia de valorização dos trabalhadores, ampliação da moradia e assistência estudantil e adequação dos espaços universitários, como o campus de Limeira.