A Coordenação de Mulheres do STU chama todas as trabalhadoras da Unicamp a participar das ações em homenagem ao Dia Internacional de Luta Feminista.
2015 foi um ano em que a famosa frase da líder feminista e fundadora do Partido dos Panteras Negras (movimento revolucionário de autodefesa negra nascido na década de 1960 nos Estados Unidos) fez muito sentido.
As mulheres saíram às ruas em todo o Brasil para impedir a aprovação do projeto do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) que impõe às vítimas de estupro a segunda violência de correr o risco de ter um filho do estuprador. Cunha, réu no escândalo de desvio de verbas da Petrobras (a Operação Lava Jato), é autor do Projeto de Lei 5069/2013. O PL dificulta o atendimento médico às vítimas de violência sexual, exigindo boletim de ocorrência e criminalizando médicos e profissionais de saúde que assegurem à mulher o direito previsto no Código Penal de 1940.
A revolta contra o PL do Estupro, a mobilização contra o assédio sexual nos transportes e vias públicas, a exigência de maior representatividade nos espaços de decisão e a denúncia do racismo e da LGBTfobia marcaram o ano passado. Estivemos à frente também das mobilizações contra o aumento das tarifas de transporte e nas ocupações que derrotaram a tentativa do Governo Alckmin de fechar uma centena de escolas. E realizamos a 1ª Marcha das Mulheres Negras contra o racismo, a violência e pelo bem viver, que levou cerca de 20 mil afrodescendentes a Brasília no dia 18 de novembro.
Neste ano, que começa com o aprofundamento da crise econômica e do desemprego, as ameaças de uma “reforma” da Previdência para aumentar o tempo de serviço das mulheres e do avanço da terceirização com o PLC 30/2015 (que na Câmara dos Deputados tramitou como PL 4330/2004 e legaliza a precarização da mão de obra em todas as áreas da economia), mais uma vez temos que tomar as ruas para defender nossos direitos e conquistas. Contra o ajuste fiscal que ;atinge mais fortemente às mulheres, em defesa do direito ao nosso corpo, por saúde e educação pública de qualidade seguiremos em luta!
8 de março (terça-feira)
6h30 – Café da Manhã e exposição de Fotos sobre as mulheres lutadoras na Universidade (entrada do estacionamento da creche – atrás do colégio Sérgio Porto);
12h – Oficina de turbantes (saguão do PB);
16 h – Ato estadual “Mulheres nas ruas por liberdade, autonomia e democracia pra lutar: pela legalização do aborto, contra a reforma da previdência e o ajuste fiscal e pelo fim da violência contra a mulher” (concentração às 16 horas no vão livre do Masp – São Paulo).
11 de março (sexta-feira)
12h – Oficina de Defesa Pessoal (saguão do PB).
12 de março (sábado)
9h – Ato campineiro “Mulheres ocupam as ruas e a política, por nenhum direito a menos” (Concentração às 9h na Estação Cultura e encerramento no Largo da Catedral).