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Preço dos fretados leva muitos trabalhadores a optarem por transporte individual

Há muito tempo o STU recebe reclamações dos funcionários técnico administrativos da Unicamp sobre os altos preços cobrados pelo serviço de transporte fretado. Os valores são tão abusivos que, a cada ano, aumenta o número de trabalhadores que optam por outros meios de transporte para se deslocar à Universidade, como carro e ônibus, ambos contraditoriamente mais vantajosos do ponto de vista econômico. Esse fato agravou os problemas relacionados a tráfego e estacionamento dentro e fora do campus de Barão Geraldo, fazendo com que a comunidade universitária tenha que enfrentar diariamente uma rotina de poluição, sufoco e estresse.

Usuários reclamam da precariedade e demora

De acordo com o Anuário Estatístico da Unicamp (Aeplan/2013), nos últimos dez anos o número de usuários dos fretados diminuiu 20%. Ainda de acordo com o Anuário, no mesmo período o total de linhas administrativas caiu de 75 para 70.

Essa redução no número de linhas fez com que o itinerário de diversas outras fosse ampliado, como forma de atender a demanda que ficou descoberta pelas linhas extintas. Com isso, fazendo com que muitos funcionários levem até duas horas para chegar em casa. Linhas como a 07 tiveram os ônibus substituídos por micro-ônibus, que não contam com espaço adequado entre os assentos, principalmente para gestantes e mães com filhos de colo. Essa linha transporta um grande número de crianças à creche.

Outros problemas são comuns, como os veículos velhos da linha 88.

STU cobra transparência da Universidade

Durante as reuniões de negociação da Campanha Salarial 2013, o STU solicitou que a reitoria fornecesse à entidade as planilhas de custo do serviço de transporte fretado e os contratos firmados com as empresas que exploram o serviço. Entretanto, até hoje, os documentos não foram repassados.

Em setembro de 2011, oito pessoas foram presas por suspeita de fraudes e favorecimento em contratos no transporte da Unicamp, entre elas os empresários Belarmino Marta Júnior, dono da Rápido Luxo, e Miguel Moreira Junior, proprietário da Transmimo, que seriam parte de uma suposta “Máfia dos Transportes” de Campinas e região.

Em abril deste ano o Judiciário rejeitou a denúncia contra empresários sob a justificativa de que a ação apresentada pelo Ministério Público não era “clara e objetiva”.

O STU questiona o fato da Unicamp ter mantido silêncio sobre o caso durante a gestão Fernando Costa e não ter apresentado esclarecimentos à comunidade universitária até hoje. O sindicato defende ainda a redução imediata do preço do fretado, rumo à tarifa zero. Vamos à Luta!

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