Na última sexta-feira (06), um grupo fascista iniciou ataques contra negros que estavam no Bar do Ademir, em frente à moradia de estudantes da Unicamp.
Um carro preto parou no local, onde homens com roupas pretas e jaquetas de couro atacaram clientes do bar e o gerente, que tentou conter a confusão.
Os frequentadores do bar relataram terem visto símbolos nazistas na roupa de pelo menos um deles e que foram ameaçados com armas de fogo. Mais tarde, um grupo com as mesmas características foi preso em Paulínia após terem ferido duas pessoas com tiros nas mãos, pés e abdome.
Os relatos dos ataques são semelhantes e testemunhas relacionam o carro utilizado com o que esteve no atentado contra o Acampamento Marielle Vive, em Valinhos/SP, fato que está sob investigação policial.
O fato desta última semana não ocorreu de forma isolada. No final de abril, alunos do CACH (Centro Acadêmico) do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Unicamp denunciaram pichações nazistas feitas em paredes do instituto, com suásticas e dizeres em apoio ao golpe ocorrido em 1964. As pichações foram apagadas pelos próprios alunos, em mutirão.
Sobre os ataques ao bar do Ademir, a reitoria respondeu à matéria do G1 “não terem ocorrido dentro do campus”. Mas sabemos que embora o local do ataque não pertença à Universidade, é historicamente um ponto de encontro e socialização dos estudantes até por se localizar em frente à moradia estudantil.
O STU expressa a sua solidariedade às vítimas desses ataques covardes. E reafirma o nosso compromisso com a luta contra todo e qualquer tipo de preconceito, racismo, homofobia e ao ódio e violência incentivados pelos discursos bolsonaristas.
Aproveitamos também para cobrar que os órgãos cabíveis fiscalizem e punam os envolvidos no episódio.