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Moção de apoio à greve dos professores, trabalhadores e estudantes das Universidades Estaduais de São Paulo

Desde o fim do mês de maio as três Universidades Estaduais Paulistas, USP, UNESP e UNICAMP, entraram em greve geral devido a proposta do CRUESP de reajuste salarial de 0% para professores e funcionários, dando como desculpa uma crise orçamentária da USP. O CRUESP tenta despejar sobre as costas de servidores, professores e estudantes os custos desta crise e apresentam uma saída que se expressa na precarização das condições de trabalho e estudo, com a ausência de reajuste e cortes no orçamento, e na privatização da universidade, já surgindo propostas de cobranças de mensalidades e captação de recursos oriundos de fundações privadas.

Estamos diante da necessidade não só de garantir imediatas condições de trabalho e ensino de qualidade, mas de luta em defesa da educação pública e gratuita que unifica professores, funcionários e estudantes de USP, UNESP e UNICAMP. A luta pela ampliação das verbas para as universidades estaduais paulistas é central para que continuemos a ter uma universidade pública e com qualidade, sendo responsabilidade do governador do estado, Geraldo Alckmin, arcar com os custos suficientes para que este problema se resolva e atenda as reivindicações legítimas apresentadas pelos professores, trabalhadores e estudantes, que com sua luta constroem a unidade necessária para a defesa do direito ao ensino superior público, gratuito e de qualidade.

Nós, professores da rede estadual de ensino organizados nas Subsedes da APEOESP – SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO abaixo discriminadas, que há décadas enfrentamos as políticas de privatização e ataques à educação pública promovidos pelos sucessivos governos do PSDB apoiamos de forma irrestrita os professores, funcionários e estudantes em greve e a sua luta por melhores condições de trabalho e em defesa da educação pública, pois o que o governo, com o aval do CRUESP, pretende é avançar no ensino superior com o mesmo projeto que levou à crise a educação básica nas escolas da rede estadual de ensino. Não aceitamos a posição dos reitores e do governador de atacar o caráter público destas instituições, jogando cada vez mais as universidades públicas para os braços das fundações privadas, que querem controlar as pesquisas nas universidades para aumentarem seus lucros. Também apoiamos as reivindicações dos movimentos de estudantes em defesa da democratização das instâncias decisórias das universidades, aprofundado as políticas de permanência estudantil e de acesso, como as reivindicações de cotas e políticas de permanência para negros e negras, que há tempos têm sido levantadas pelo Movimento Negro no Estado de São Paulo e que são negligenciadas pelo governo Alckmin, demonstrando que além, de um governo inimigo dos trabalhadores e dos servidores públicos, não tem o compromisso de reverter o verdadeiro abismo racial e social que exclui negros e negras das universidades públicas.

 

Assinam: APEOESP SÃO MIGUEL, ITAIM PAULISTA; APEOESP ITAQUERA, GUAIANAZES E SÃO MATHEUS; APEOESP TATUAPÉ; APEOESP SUL SANTO AMARO, APEOESP OESTE LAPA; APEOESP GUARULHOS, ARUJÁ E SANTA ISABEL; APEOESP SUZANO; APEOESP MOGI DAS CRUZES; APEOESP SÃO CARLOS; APEOESP JAÚ; APEOESP RIBEIRÃO PRETO

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