Trabalhadores técnicos administrativos das universidades, docentes, estudantes e usuários do SUS de todo o Brasil disseram não à implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). É o que mostra o resultado do plebiscito realizado nos dias 2 a 9 de abril pelas entidades ligadas à educação e saúde nas principais instituições federais de ensino superior (IFES) do país. Cerca de 60 mil pessoas votaram contra, e menos de 3 mil votaram a favor do modelo de gestão privatizante proposto pelo governo federal.
O resultado do plebiscito nacional foi entregue ao MEC no dia 24 de abril como parte das atividades da Marcha a Brasília que reuniu cerca de 20 mil pessoas.
Com base no resultado da consulta, o movimento social pretende evitar a adesão das universidades ao novo modelo. De acordo com o Fórum Nacional Contra a Privatização da Saúde, em muitas instituições a aprovação tem se dado nos conselhos universitários sem nenhuma discussão com a comunidade acadêmica. O movimento também aguarda o julgamento no Supremo Tribunal Federal da ação direta de inconstitucionalidade (ADIn 4985) que questiona os dispositivos legais de criação da EBSERH.
O STU considera o resultado do plebiscito uma vitória na luta por uma saúde pública de qualidade. E este triunfo fortalece a luta contra a autarquização do complexo hospitalar da Unicamp, que na prática segue o mesmo modelo da EBSERH.