Durante dois dias, 5 e 6 de agosto, técnico-administrativos/as em educação de todo o Brasil participaram do IV Encontro LGBTQIA+ da Fasubra, em Brasília, que tinha como objetivo debater sobre o tema “Cidadania LGBTQIA+ na Educação Pública e na Sociedade”.
Para a Coordenadora da pasta LGBTQIA+ do STU, Elisiene Lobo, o que mais marcou nesse encontro foi ouvir as histórias de superação de cada indivíduo, que se reconhece fazendo parte desse grupo, ao enfrentar muitos preconceitos desde muito jovem.
Segundo o Coordenador LGBTI da Fasubra, Wellington Pereira, o direcionamento deste encontro tinha como prioridade a comunidade LGBTI, e os representantes de base, que beberam na fonte um conteúdo abordado pelos palestrantes, já vivido na prática. “Foi uma espécie de pós-graduação na temática proposta para o encontro”.
A LGBTfobia é uma violência que acontece muito ainda no Brasil. Em 2021, o nosso país ultrapassou 300 mortes por causas violentas para a comunidade LGBTQIA+.
“É muito importante que os sindicatos e principalmente nós inseridos em uma universidade estadual estejamos acompanhando esse debate e lutando contra a LGBTQIA+fobia. É papel do sindicato se posicionar contra todo tipo de opressão e violência contra esses grupos”, relata a Coordenadora LGBTQIA+ do STU, Gabriela Barros.
De acordo com o Coordenador Geral da Fasubra e diretor do STU, Toninho Alves, é necessário organizar a nossa militância para disputar os espaços de poder e frear a onda bolsonarista que retira o direito da comunidade LGBTQIA+. “Eleger parlamentares que se identificam com essa pauta é uma das estratégias que temos que usar para a defesa e proteção dos direitos das pessoas LGBTQIA+”.
Também é importante que no nosso ambiente sindical estejamos preparados para acolher e fortalecer protegendo os trabalhadores LGBTQIA+. “A defesa dessas pessoas tem que partir da gente defendendo eles na sociedade como cidadão. Ele ou ela é um ser humano e deve ser respeitado como tal, com todos os direitos”, complementa Elisiene Lobo.
Para o Coordenador da pasta de LGBTQIA+ do STU, Rafael Jorge, foi um evento que proporcionou formação e educação para combater a violência e a violação de direitos da comunidade LGBTQIA+. “Só é possível participar dessa luta conhecendo os problemas, aprendendo estratégias e se organizando”.
O encontro possibilitou que nossos representantes, Elisiene Lobo, Gabriela Barros, Rafael Jorge, Toninho Alves, e João Paulo (JP) pensassem em estratégias importantes para a defesa e proteção das pessoas LGBTQIA+ no ambiente sindical e social. Vamos conferir algumas abaixo:
1- Eleger representantes anti homofóbicos;
2- Defender perante a sociedade e acolher quando for preciso;
3- Garantir o direito à cidadania de forma igual;
4- Criar uma cultura e educar todes para que se naturalize e garanta a equidade de direitos;
5- Informando e desmistificando que ser LGBTQIA+ é errado ou criminoso;
6- Garantir que seja punido quem promova violação dos direitos deles e delas;
7- Criar e aprovar projetos que atendam esse segmento;
8- Incentivar a formação da nossa categoria com relação a esse tema;
9- Criar Grupos de trabalhos para conversar sobre esses temas;
10- Gerar políticas de fortalecimento e proteção dos trabalhadores LGBTQIA+.
Confira a seguir o relatório dos dois dias de evento feito pelo TAE da Assufrgs, Rafael Berbigier:
E a seguir veja o vídeo que gravamos no dia do evento com a Dóris – Assessora de Formação da Fasubra:
E aqui você confere o vídeo do primeiro dia do Encontro com a Dóris explicando o significado da “sopa de letrinhas” LGBTQIA+: