O ano de 2022 começou com a categoria de servidores públicos federais mobilizados. O Fórum das Entidades Nacional dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE) vai promover uma reunião na sexta-feira, 14, para construir um calendário de mobilização contra os ataques promovidos pelo desgoverno de Jair Bolsonaro.
As entidades que compõe o Fórum, como a Fasubra Sindical, estarão presentes para debater o calendário do movimento, o reajuste salarial e o enfrentamento ao desmonte do Estado.
Segundo o Coordenador Geral da Fasubra, Toninho Alves, a indicação é que os técnico-administrativos e administrativas façam rodadas de assembleias neste mês, conforme deliberado na última Plenária Nacional que foi realizada em dezembro. “A FASUBRA realizou sua plenária em dezembro e debateu, entre outras questões, a campanha por reajuste salarial. Orientamos as entidades de base a discutir outras questões também, como o Decreto 10.620 e o movimento unificado com o Fonasefe. A nossa preocupação é buscar a unidade do serviço público. Foi assim que derrotamos a PEC 32. Então é fundamental que realizemos rodadas de assembleias em janeiro. A questão da recomposição salarial e outros elementos unificam os servidores. Precisamos de uma campanha que possa dialogar com todos os servidores públicos do país”, enfatizou Toninho Alves.
A verdade é que os servidores públicos não abrirão a guarda enquanto o país estiver sendo governado por Jair Bolsonaro. A categoria está indignada com a intenção do governo em promover o desmonte dos serviços públicos, por meio da Reforma Administrativa (PEC-32), e com o congelamento dos salários da classe trabalhadora do serviço público.
O conjunto de servidores públicos está suportando o congelamento salarial há pelo menos cinco anos. De acordo com o Dieese, devido à inflação do período, as perdas já ultrapassam 40%. Enquanto isso, o governo anunciou reajuste para a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Servidores do Banco Central anunciaram a adesão ao movimento de entrega de cargos e paralisação nacional no dia 18/1. Outras categorias do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) também vão paralisar as atividades em todo o país neste dia.
O processo de luta vai continuar, parecido ao ocorrido contra a PEC 32 (Reforma Administrativa), que foi tão intensa a ponto de não ser colocada em votação no plenário da Câmara dos Deputados. Foram três meses de mobilizações com atos unificados. Sendo assim as entidades apostam na Greve Geral Unificada. Uma Plenária Nacional dos Servidores Públicos será realizada no final deste mês.