Ontem, no debate ‘A política de terceirização na Unicamp’, com a presença de Vitor Filgueiras (pós-doutorando do CESIT e auditor fiscal especialista no tema), foi destacada a acentuada diferença de condições de trabalho entre funcionários contratados de forma direta e terceirizados. Também foram abordados os riscos que essa forma de contratação traz (inclusive de morte por falta de treinamento adequado em função da alta rotatividade de mão de obra) e o alto índice de trabalhadores em situação análoga à escravidão.
Só em 2013, Vitor trouxe o dado de 2.660 mortes no país entre profissionais terceirizados, com destaque para o ramo da construção civil. Os números apresentados pelo especialista têm como fonte as comunicações de acidente de trabalho (CATs), o que sugere ainda que são subnotificados já que muitas empresas se recusam a cumprir a lei e abrir a CAT.
Na Unicamp, as situações enfrentadas por trabalhadores e trabalhadoras de setores como limpeza, restaurantes e nos diversos canteiros de obras, corroboram os problemas levantados por Marcelo. Especialmente no que diz respeito aos direitos trabalhistas. Além das contratações realizadas pela Funcamp, que trata de forma diferente trabalhadores nos mesmos postos de trabalho.