Atualizado em 08/01/2015 – 16h15
O ano mal começou e o transporte público já apresenta problemas dentro da Unicamp. A denúncia apurada pelo STU diz respeito à linha 2.10 (Terminal Campo Grande/Terminal Barão Geraldo) que deixou de circular nas dependências do campus por conta das férias.
A alegação é que nas férias acadêmica ocorre a diminuição do fluxo de passageiros, gerando uma “baixa” na demanda de horários de algumas linhas que atendem a universidade.
A questão é que essa linha não atende somente os estudantes universitários, que estão em férias, mas também os funcionários da universidade que continuam trabalhando normalmente e a população da cidade que utilizada o Hospital das Clínicas. Com a suspensão do transporte os trabalhadores estão utilizando outras linhas e, na maioria das vezes, vários ônibus para percorrer o mesmo trajeto e, evidentemente, gastam mais tempo do que o normal para se deslocarem.
A linha 2.10 deixou também de circular na PUC-Campinas, o que tem causado superlotação em outras linhas como a 3.32 (Terminal Barão Geraldo) e 3.29 (Terminal Barão Geraldo/Cidade Judiciária).
O STU cobrou, por meio de ofício, o posicionamento da Unicamp e da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) sobre essa situação. Até o fechamento dessa matéria não recebemos retorno das referidas instituições.
A preocupação do sindicato é justificada pela diretora da entidade, Marina Rebelo, que explica que “a linha 2.10 é muito importante para integração da Unicamp à cidade de Campinas, não só em razão dos funcionários da universidade que necessitam deste meio de transporte para o trabalho, mas também pelo serviço de assistência que a universidade oferece à população mais carente de Campinas. Excluir a Unicamp do trajeto desta, que é uma das linhas de maior fluxo na cidade, é investir na lógica da elitização desta instituição que deveria ser acessível a todos”.
O sindicato reafirma, mais uma vez, que os funcionários estão sendo muito prejudicados com a suspensão desse serviço público, sem contar os transtornos causados à população da cidade. Além disso, a entidade desaprova essa medida excludente da EMDEC e, principalmente, da Unicamp em não garantir alternativas de transporte de qualidade para seus funcionários.
Prefeitura do Campus irá verificar situação
Em reunião na tarde desta quinta-feira (8) com a diretoria do STU o prefeito do campus, prof. Armando José Geraldo, afirmou que essa linha é de responsabilidade exclusiva do poder público, mas que pela importância da demanda irá verificar com a Unitransp e fará gestão junto a Emdec para que a circulação da linha seja retomada.