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Carta aberta dos funcionários do Instituto de Física “Gleb Wataghin” da Unicamp em busca da valorização institucional

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Carta aberta dos funcionários do Instituto de Física “Gleb Wataghin” da Unicamp em busca da valorização institucional
Em face da atual crise política, financeira e social que as universidades estaduais paulistas vêm enfrentando ao longo dos últimos meses e o consequente acirramento e embate de opiniões divergentes entre estudantes, professores e funcionários. Vimos através dessa carta expressar nossa preocupação em relação a dificuldade de se estabelecer uma conversa tranquila e respeitosa entre todas as partes envolvidas. O momento requer calma, tranquilidade e um esforço de todas as categorias, em considerar o “estar no lugar do outro” para evitar um conflito ainda maior. Todos devem ter voz, e embora exista uma tendência de supremacia de uma categoria em relação as demais, é importante encontrar um equilíbrio de modo que se evite o distanciamento entre elas.
A crise que se instalou na universidade vem prejudicando o convívio, a discussão livre de ideias e, especialmente, degradado as relações humanas. Esse cenário tem se mostrado cada vez mais adverso e crítico para todos, especialmente aos funcionários que além de ter um dissídio de 3%, inferior ao índice FIPE, está refém de um quadro de difícil resolução:
– Desde 2013 sem avaliação de desempenho;
– Ausência de mecanismos que possibilite a progressão na carreira PAEPE;
– Há pelo menos 2 anos esperando a aprovação de uma nova carreira, que pelas informações que tivemos, já não é a mesma proposta e apresentada pelo grupo de trabalho (que foi amplamente discutida e avaliada entre a comunidade e CSAs);
– Possui pouco ou nenhum poder de decisão nos órgãos deliberativos da universidade que facilite a discussão de pautas específicas;
– 100% de contingenciamento na carreira PAEPE, sendo a mais prejudicada em relação aos cortes propostos na GR10/2016;
– Falta de transparência (acesso às informações) e consequente, falta de confiança na condução dos processos de interesse dos funcionários;
– Ausência de uma rubrica no orçamento da universidade que preveja e priorize o dissídio anual dos servidores;
– Ausência de uma rubrica no orçamento da universidade que garanta a progressão na carreira dos funcionários, similar a vigente para a carreira docente;
– Um processo de isonomia com a USP não concluído e que “achatou” os salários para os mesmos patamares, no qual funcionários com mais anos de casa tiveram seus salários igualados ao piso de funcionários ingressantes;
– Insegurança quanto aos desdobramentos da PL 257 a todos os servidores públicos;
– Falta de apoio por parte da congregação do IFGW quando consultada sobre o apoio de uma moção de poucas linhas sobre a possibilidade da abertura de negociação junto ao CRUESP.
Na maioria dos casos, percebe-se uma racionalidade que tornam os dirigentes e também a maioria da comunidade docente, indiferentes às demandas e dificuldades da carreira PAEPE. Em consequência disso, temos um cenário que não reconhece e valoriza os esforços individuais e das equipes no desempenho das suas atividades diárias, não oferecendo nenhuma perspectiva
de crescimento pessoal e profissional na Unicamp, quando se compara, por exemplo, com
carreira docente, em que há nitidamente mais chances de retorno financeiro e maior
reconhecimento em todos os níveis e espaços de decisão.
Esse cenário acima descrito não era exatamente o que almejávamos para o ano em que a
UNICAMP completa 50 anos. Há muitos motivos a se comemorar evidentemente, mas estes
estão sendo ofuscados em face de tantos conflitos. Lamentamos que assim seja, esperamos
superar esse momento de crise, sem deixar de lado o respeito às opiniões divergentes e a
valorização do trabalho de todos os funcionários que também ajudaram a construir essa
universidade e que apesar de tantas dificuldades, ainda se sentem compelidos a lutar por dias
melhores para toda a comunidade.
21/06/2016

 

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