A Assembleia Geral dos Trabalhadores da Unicamp realizada nesta tarde (25) aprovou a Pauta Específica 2016 da categoria que deverá ser entregue na próxima quarta-feira (27) ao reitor José Tadeu Jorge.
Nessa data, haverá uma Paralisação organizada pelos estudantes contra o impeachment, contra os ajustes, contra os cortes de verbas universitárias (contingenciamento) e a favor da permanência estudantil. Entendendo a importância de unidade na luta, os trabalhadores decidiram encampar o indicativo de paralisação e suas reivindicações acrescentando também a luta pela Isonomia Já.
Diante do anúncio da reitoria de um corte de verbas em torno de R$ 40 milhões é fundamental a unidade da comunidade acadêmica contra o contingenciamento que representará a piora das condições de trabalho e da qualidade do serviço oferecido.
Também ficou decidido que a Pauta Específica 2016 será protocolada nessa data e que pela manhã os trabalhadores irão participar das atividades junto aos estudantes e no período da tarde haverá vigília durante a reunião da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), que discutirá as verbas da universidade.
Foi aprovada uma Moção de Repúdio à situação caótica do Caism, que passa por demissões sumárias de trabalhadores da Funcamp, péssimas condições de trabalho e recorrente postura de assédio moral da parte da chefia.
A assembleia indicou que o STU oficialize o reitor questionando como tem sido tratada a questão dos supersalários, cobrando também o fim da dupla matrícula e respeito ao teto salarial definido na Constituição.
Os trabalhadores presentes à assembleia compreendem que a conjuntura nacional exige a unidade da classe trabalhadora contra o retrocesso, os ajustes e por nenhum direito a menos. Aqui na Unicamp, diante da situação de contingenciamento, é preciso nos manter mobilizados para impedir o arrocho salarial, a deterioração das condições de trabalho e a piora na qualidade da Educação e dos serviços prestados. Para isso, nossa Campanha Salarial Unificada tem que ser forte!
Pauta Específica 2016
A Pauta Específica desse ano é composta por 27 itens, destes aproximadamente 10 itens são de reivindicações novas, que tratam de vários direitos e benefícios relacionados à categoria. O documento incorpora também as reivindicações das profissionais da DEdIC e da Área da Saúde.
Entre as propostas se destacam: a luta pela Isonomia Já; reajuste dos benefícios, redução da jornada de trabalho dos técnico-administrativos para 30h semanais sem redução de salários; garantia de um representante do STU no Conselho da DEdIC; garantia dos direitos políticos dos aposentados de continuar votando e sendo votado nos processos eleitorais e de consulta da Universidade; fim da Portaria GR-02 (contingenciamento das contratações); ou qualquer deliberação que tenha como objetivo promover demissões, retirar e arrochar direitos e conquistas e permitir o enxugamento de trabalhadores; exigir cumprimento do acordo de Combate ao Assédio Moral perante o Ministério Público do Trabalho (MPT), além da efetivação de uma política que envolva campanha, sistematização e divulgação de dados que dê visibilidade às situações de assédio na Unicamp; atualização dos Acordos efetivados junto ao MPT que tratam das condições de trabalho na Área da Saúde; licença paternidade para os trabalhadores celetistas de 20 dias consecutivos, a partir da data do nascimento.
Racismo
Tendo em vista os recorrentes casos de posturas racista e preconceituosa que vêm aparecendo na Unicamp, a assembleia deliberou por unificar a agenda de combate ao racismo institucional discutida entre os estudantes e a comunidade do IFCH, intensificando o acolhimento de denúncias e a luta pela implantação de cotas raciais.
É sabido que o STU sempre lutou pelo fim do racismo institucional e que está entre as reivindicações da categoria a defesa de políticas reparatórias de inclusão (cotas raciais) que garantam acesso à graduação, pós-graduação e concursos públicos.
Aposentados
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) irá promover na próxima semana uma Audiência Pública para discutir o projeto de lei que assegura o pagamento de auxílio alimentação aos servidores aposentados e pensionistas das Universidades Públicas Estaduais.
Dada a importância da luta, o STU está organizando uma caravana para que os aposentados possam participar da discussão na Alesp. Mais informações serão divulgadas nos próximos boletins.
Calendário de Mobilização
- 26/04 (terça-feira): Audiência Pública em defesa do IAMSPE
- 26/04 (terça-feira): Reunião do Consu (debate estatuto)
- 27/04 (quarta-feira): Paralisação e Reunião de Negociação entre F6 e Cruesp
- 28/04 (quinta-feira): Assembleia dos Trabalhadores da Unicamp
- 05/05 (quinta-feira): Reunião da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas no Estado
- 06/05: Audiência Pública do projeto de lei que institui o auxílio alimentação para aposentados (na Alesp)