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Após primeira negociação, greve na Unesp continua

Foto: Facebook “Greve Unesp Assis”

Depois de muita luta, aconteceu na última sexta-feira (7) a primeira negociação conjunta entre as entidades representativas da comunidade acadêmica (Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC – CEEUF) e a reitoria da Unesp para discutir as reivindicações do movimento de greve.

Durante as sete horas de discussão, a reitoria se comprometeu, entre outras coisas, em iniciar o debate sobre a implementação da isonomia salarial com a USP num prazo de três anos e criar uma comissão permanente para encaminhar as reivindicações referentes à permanência estudantil, com possibilidade de remanejamento de recursos para o atendimento das reivindicações imediatas (ver relato completo no site do STU).

Logo após a reunião, representantes das entidades reuniram-se para uma avaliação preliminar e definição de indicativos. A discussão exaustiva dos pontos de pauta foi considerada um fator positivo, fruto da mobilização e da força da greve, visto que até então, não havia nenhuma abertura da reitoria para negociar as reivindicações do movimento.

A orientação das entidades às bases é de manutenção da greve e realização de assembleias, até 12/6, para avaliar os resultados da negociação e apontar os próximos passos da luta. Na quinta-feira, dia 13/6, os três segmentos voltam a se reunir (logo após a reunião do Fórum das Seis) para avaliar os resultados das assembleias de base e definir novos indicativos.

Audiência Pública na Alesp discute greve da Unesp nesta quarta (12)

Nesta quarta-feira (12) às 9h, no  auditório Paulo Kobayashi, nas dependências da Assembleia Legislativa do  Estado de São Paulo (Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – São  Paulo/SP, CEP 04097-900) uma audiência pública convocada pela Comissão de Educação e Cultura da Alesp irá debater a greve geral da Unesp.

Confira o resumo da discussão de cada ponto de pauta (Fonte: Boletim conjunto Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC – CEEUF)

Permanência estudantil: Foi definida a criação de uma comissão permanente e paritária para estabelecer diretrizes e estratégias de padronização para a permanência estudantil (moradia, RU, bolsas etc).

No 11/6, uma comissão de 10 estudantes vai se reunir com a pró-reitora de Extensão Universitária para debater pontos emergenciais. “Há a possibilidade de fazermos remanejamento de recursos do PDI para atender reivindicações imediatas”, afirmou a professora Mariângela.

Também ficou definida uma reunião (ainda sem data) com a Assessoria Jurídica da Unesp para tratar do registro e regularização do DCE, bem como das sindicâncias contra estudantes.

Pimesp: Os representantes das três entidades reafirmaram posição contrária ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), por considerá-lo excludente e absolutamente insuficiente. Os estudantes informaram que estão discutindo o assunto no âmbito do CEEUF e que apresentarão uma proposta alternativa ao Pimesp.

O reitor afirmou que o Conselho Universitário (CO) aprovou apenas que a Unesp fará a inclusão. “Como isso será feito ainda é uma questão em aberto”, disse. Segundo ele, há a disposição em prosseguir com as discussões sobre o assunto.

Paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade: O reitor concordou em retirar da pauta da próxima reunião do CO, em 27/6, o tema da paridade. A reitoria indicará às unidades que façam ciclos de debates e que discutam o assunto no âmbito local, inclusive nas congregações. Somente depois disso a questão voltará ao CO.

Reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes: Durigan reafirmou que o reajuste de 5,39% é o limite a que o Cruesp dispõe-se a chegar. No entanto, caso a arrecadação do ICMS seja positiva, há a possibilidade de nova negociação em setembro ou outubro. Neste caso, o compromisso do reitor da Unesp é defender junto aos outros reitores a concessão de um índice adicional no segundo semestre, que poderia chegar a 2%.

O reitor explicou que o orçamento da Unesp para 2013 (o que pode ser efetivamente gasto) é de R$ 200 milhões, mas que a reserva orçamentária (o que existe de fato) é de R$ 480 milhões. Para aumentar a margem de gasto, é preciso alterar a previsão orçamentária.

Isonomia de pisos e benefícios: Em relação à reivindicação de isonomia dos pisos dos servidores com os da USP, o reitor concordou em abrir a discussão. Serão feitas reuniões periódicas entre Sintunesp e reitoria para levantar os custos que a Universidade teria com a equiparação integral. Feito o levantamento, o reitor prometeu “empenho” para que a equiparação seja aplicada em três anos (2014/2016). Na primeira semana de julho, Sintunesp e reitoria terão uma negociação específica, onde será iniciada a discussão sobre a equiparação e tratados os demais pontos da pauta específica do segmento, inclusive a isonomia de benefícios.

Também acontecerá no início de julho uma negociação específica entre Adunesp e reitoria, para tratar da isonomia de salários e benefícios, SPPrev e avaliação docente.

Não à repressão aos movimentos sociais: Este item ficou contemplado no primeiro ponto. As sindicâncias contra estudantes serão discutidas entre a comissão estudantil e a AJ da Universidade.

 

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