Nesta terça-feira (29) pode ser votada no Senado a proposta de emenda constitucional (PEC) 55. A PEC da morte congela por 20 anos os investimentos sociais para garantir o pagamento da dívida pública, ameaçando de extinção o SUS, a educação pública e a seguridade social inscritas na Constituição de 1988.
Para barrar a votação, além de denunciar os 366 deputados que votaram a favor do enterro dos direitos sociais na Câmara e os senadores que fizerem o mesmo, centrais sindicais, entidades estudantis, movimentos sociais e as frentes de mobilização Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam um novo Dia Nacional de Lutas com paralisações, trancaços de rodovias e atos. O centro da luta contra a PEC será em Brasília, onde acontecerá uma marcha nacional convocada por centenas de entidades e um ato em frente ao Congresso Nacional.
Os técnico-administrativos da Unicamp se somam à luta contra a retirada de direitos e o STU enviará uma caravana a Brasília.
Paralisação na Unicamp
Além da participação na caravana (que parte hoje, às 18 horas, do estacionamento da BC), a assembleia da categoria realizada no último dia 24 também aprovou paralisar as atividades amanhã, somando forças na greve nacional organizada pela Fasubra e o Andes (sindicato nacional dos docentes) que já acontece em dezenas de universidades federais.
Durante o dia, em conjunto com a Adunicamp e o DCE, serão realizadas várias atividades sobre as consequências da PEC 55 na vida dos brasileiros.
Hora de acordar para o desmonte do Brasil
O governo golpista de Michel Temer agora se vê às voltas com a queda do sexto ministro, em seis meses, depois da denúncia bomba do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de que Temer atuou pessoalmente para beneficiar o também ex-ministro Geddel Vieira Lima com a liberação da construção de um edifício de 30 andares em área proibida por ser de preservação ambiental.
A denúncia que evidencia ainda mais os verdadeiros objetivos do golpe institucional consolidado em 31 de agosto, contraditoriamente coloca em xeque o golpismo. A situação de Temer, gravado pressionando Calero, tornou-se insustentável.
É hora mais que decisiva de aproveitar a oportunidade de impedir o desmonte do país, retomando com força a luta pelo “Fora Temer”, contra a PEC 55 e todas as medidas do governo golpista que atacam direitos.
Para beneficiar seus apaniguados e o capital financeiro, o governo Temer vem jogando toda a conta da crise nas costas dos trabalhadores.
Na Unicamp a situação não é diferente. Enquanto concursos são suspensos, a reposição da inflação não foi garantida e a categoria está há mais de dois anos sem avaliação para progressão na carreira, sem reajuste do auxílio alimentação e acumulando perdas salariais, as duplas matrículas que neste ano vão consumir mais de R$ 1,6 milhão seguem em vigor.
Vamos virar esse jogo!
Nenhum direito a menos!